LAVRAS: UMA PROFESSORA DA UFLA COM CONTRATO DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA ESTARIA EXERCENDO ATIVIDADES INCOMPATÍVEIS COM ESSE REGIME
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Campus da Universidade Federal de Lavras |
O blog recebeu uma denúncia sobre possíveis irregularidades que estariam sendo cometidas por uma professora do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que teria sido contratada em regime de dedicação exclusiva (DE), mas que estaria exercendo atividades incompatíveis com esse regime e estaria utilizando bens públicos para fins particulares. A docente figuraria como gestora de um colégio particular da cidade, conforme indicado no site dessa instituição. Em publicação no Instagram de um coordenador ela aparece ao lado dos demais gestores com a legenda: "Grande equipe ***". Em seu próprio Instagram, a professora publicou uma foto com duas canecas personalizadas e escreveu: "Muito feliz por estar neste maravilhoso time. Obrigada @******", reconhecendo sua participação ativa na equipe da escola privada. A professora também aparece segurando um certificado de honra junto à equipe gestora desse colégio particular, durante uma cerimônia de premiação. Em uma reportagem de uma revista da cidade, consta uma imagem dos quatro gestores desse colégio, incluindo a professora, com a legenda:
"********** – professora e gestora". Na reportagem, a docente afirma: "A proposta pedagógica do colégio ***** é centrada no estudante, com foco em uma formação completa como indivíduo, cidadão e futuro profissional". Supostamente reforçando seu possível papel ativo na instituição. No Instagram desse colégio, podemos ver imagens inclusive de montagem (desenho) dos quatros gestores, onde um deles é a professora *********. No ambiente da UFLA, haveria comentários de que essa professora seria frequentemente ausente, mantendo seu gabinete quase sempre fechado, o que compromete sua atuação institucional. Alguns professores do curso de Engenharia Mecânica teriam relatado que a docente estaria supostamente centralizando o controle das chaves do laboratório sob sua responsabilidade, impedindo que elas fiquem na secretaria do departamento, o que estaria prejudicando o uso do espaço por outros docentes e pesquisadores. Haveria supostos relatos de uso indevido de equipamentos públicos: um servidor técnico-administrativo do laboratório estaria realizando serviços particulares com a máquina de corte a laser. Enquanto isso, outros professores do departamento estariam tendo acesso negado ao mesmo equipamento para fins acadêmicos. Esses fatos, se confirmados, poderiam configurar uma possível violação ao regime de dedicação exclusiva, uso indevido de bem público, desvio de função de servidor e eventual "privatização" de espaço universitário para fins pessoais. Por questões legais, preservamos e não publicamos os nomes dos supostos envolvidos, mas espera-se que haja uma investigação interna preventiva da UFLA sobre a possível procedência, ou não, da veracidade desses relatos. E, em caso positivo, a adoção de providências administrativas cabíveis, conforme a legislação vigente.