Por ANDRÉ LUIS FONTES
A cada dia, acumulam-se os problemas na Saúde em Lavras, e a cada perrengue, o cidadão se pergunta: por que o prefeito José Cherem se recusa a demitir a atual titular da pasta, Márcia Regina Guedes? O desgaste tem sido absurdo, até servidores próximos de Márcia estariam "torcendo" reservadamente por sua queda. A informação de que os pedidos de ambulância para buscar pacientes internados em Varginha, como aconteceu na matéria anterior deste blog com um senhor de 81 anos, paciente da Oncologia, e que teriam de ser via e-mail, informação esta desconhecida da maioria da população, causou mais revolta. Lavras seria o único município a agir assim. A UPA é a campeã de reclamações, e o prefeito também mantém no cargo a administradora do lugar, a despeito das evidências de falhas no atendimento. Até médicos estariam insatisfeitos com o rumo das coisas por ali. Tudo acontece em meio ao orçamento de mais de 92 milhões da Saúde para este ano na cidade. Dinheiro grande, mas, pelo jeito, insuficiente para a secretária melhorar o setor na cidade. Muito se tem especulado sobre essa suposta "força" de Márcia junto a Cherem, a ponto do prefeito, parece, estar preferindo o desgaste crescente a simplesmente trocar o comando da Saúde. Novato em política, Cherem vem enfrentando erros primários em sua administração. Pode ter um pedido de perda do mandato, por improbidade e abuso do poder político, pelo suposto uso de 6 servidores públicos na campanha do vereador Felizardo a deputado estadual, que foi alvo de denúncia, com fotos e vídeos, do Podemos, partido do empresário Carlos Alberto Pereira, também candidato a deputado estadual, junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Neste caso, a defesa de Felizardo alega que os ditos servidores estariam de "férias". Porém, a despeito disso, as advogadas do escritório em BH contratado pelo Podemos anexaram fotos e vídeos que estariam datados, o que pode confrontar as alegações da defesa. Em outra frente, o Ministério Público Federal em Lavras pode pedir a anulação do suposto parecer que teria permitido a Cherem tomar posse em cargo público, sem o cumprimento do estágio probatório obrigatório, conforme a lei 8.112, que rege os servidores da União, na Universidade Federal de Lavras, que teria sido denunciado por pessoas próximas do reitor José Roberto Scolforo, suposto "amigão" da família Cherem. Se isso acontecer o prefeito deve ser denunciado pelo acúmulo, em tese ilegal, de cargo público, com perda do mandato, previsto na Constituição. Como se vê, a impressão que se tem é que Cherem, parece, não tenta fugir dos problemas, ele os cria. Ou então, como também se comenta, ele continuaria tendo a pior assessoria do mundo.