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MUNICÍPIOS, COMO LAVRAS, PODEM RECORRER À JUSTIÇA CONTRA DADOS DUVIDOSOS DO IBGE Lavras e outras cidades só teriam "encolhido" no papel frio das estatísticas apressadas do Censo

Movimento no centro de Lavras

Cerca de 702 municípios devem recorrer à Justiça, com grande chance de êxito, contra os números preliminares sobre o Censo do IBGE. Segundo o instituto, a população destes teria "encolhido", o que, apenas citando o caso visual de Lavras, é altamente duvidoso. Aliás,  muitas pessoas da cidade costumam alegar que "nunca" foram entrevistadas pelos pesquisadores do IBGE, e até o autor desta matéria se enquadra nisso. A revista VEJA desta semana, a propósito, também publicou sobre essa polêmica nos números do Censo feito no final de 2022. A revista disse que há cidades em que metade das residências ainda não foi visitada. Essa estimativa preliminar feita pelo IBGE, cujos dados do Censo serão divulgados apenas em março, prejudica, e muito, a distribuição do FPM, o fundo de participação dos municípios, verba federal que é a principal, senão a única, em muitas cidades do interior do Brasil. Esperamos que, se necessário, Lavras recorra contra esses números, que não refletem a atual fase de crescimento que se vê pela cidade, principalmente na infraestrutura e construção civil, com muitos prédios e condomínios aparecendo por todos os bairros. Ainda segundo a VEJA, a pressa do Censo na contagem da população, que deveria terminar por lei em 31 de dezembro, impôs a necessidade de se pôr em prática um recurso inédito: fazer uma projeção da população com base nos dados coletados apenas parcialmente no ano passado, ao invés de se contabilizar os brasileiros um a um, como ocorre por definição em um Censo. O que teria sido feito não é científico nem confiável do ponto de vista estatístico, segundo opinou para a revista um demógrafo que participou do processo.