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| O vereador Ti Ailton: sete vidas (Foto: André Luis Fontes) |
Por ANDRÉ LUIS FONTES
DE NOVO, o vereador Ti Ailton conseguiu hoje mais fôlego para preservar seu mandato da cassação por suposta compra de votos. A Desembargadora Ângela de Lourdes Rodrigues, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou a suspensão do processo de cassação do vereador Ti Ailton, "até o julgamento do recurso de apelação ou ulterior deliberação do Egrégio Tribunal". Os argumentos da defesa de Ti Ailton foram: I) "há grande probabilidade de provimento do recurso, ou, ao menos, relevante a fundamentação para concessão do efeito suspensivo pleiteado, porque, além da situação ser de evidente nulidade do ato coator, já houve manifestação desta ilustre Relatoria avalizando o entendimento esposado na decisão liminar em MS e também parecer do Ministério Público"; II) os membros da Comissão de Ética não poderiam figurar como julgadores, vez que, na realidade são codenunciantes e investigadores; III) a denúncia oferecida formalmente pelo Vereador Evandro Oliveira Miranda não existiria sem os relatórios da CPI e da Comissão de Ética; IV) seria necessária a convocação dos suplentes dos Vereadores João Paulo Felizardo, Carlos Lindomar de Sousa e Elias Freire Filho para fins de recebimento regular da denúncia; V) o próprio denunciado participou da votação, o que teria culminado em nulidade; VI) o dano de difícil reparação decorre do fato de que poderá ter seu mandato cassado antes mesmo da análise do mérito da apelação; VII) "no presente caso, a prudência atua em favor do Peticionário, pois o seu pedido tem como objetivo exatamente resguardar o contraditório e a apreciação detalhada da Turma Julgadora com a atribuição de efeito suspensivo à Apelação interposta, suspendendo-se os efeitos da sentença até o julgamento de mérito do recurso." Com isso, faltando menos de um ano para as eleições municipais, o vereador demonstra, como um gato, ter sete vidas.