Por ANDRÉ LUIS FONTES
O ex-prefeito Marcos Cherem (com o vice Tide na foto) tem vários arrependimentos em sua curta carreira política. Na época em que foi eleito, já era amplo favorito a vencer. Porém, alguém em sua campanha arruinou a vitória, criando motivos absolutamente desnecessários para que a oposição, liderada pela então prefeita Jussara Menicucci, conseguisse sua cassação. Má assessoria que, aliás, vem afundando implacavelmente a imagem do nome da família com o atual prefeito José Cherem. Esse deve ter sido o maior arrependimento de Marcos Cherem. Com a força política que tinha, preferiu escolher, ou foi forçado a escolher, o nome do irmão para herdar seus votos. Graças a ele, José Cherem teve uma votação histórica de mais de 38.000 votos, destroçando o então oponente Leandro Moretti. O tempo mostraria que a escolha foi errada. Hoje praticamentos todos que votaram no José por indicação do Marcos se arrependeram amargamente. Votaram num prefeito fantasma, ausente, incapaz, apático, que deixa a cidade afundar sem qualquer tipo de providência. Não sabe administrar, se cercou de chupins incompetentes, que lhe dão tiros diários no pé e, teimoso, se recusa a demiti-los. Como no caso da secretária da Saúde, do Ouvidor, do secretário de Obras, do secretário de Social, que ignora a quantidade mostruosa de mendigos dormindo ao relento nas ruas da cidade (e com o inverno se aproximando). Não vai de surpresa à UPA, não cobra trabalho de seus subordinados, deu de mão beijada a concessão do transporte urbano, sem qualquer contrapartida ao município, à Viasul, do grupo da mesma atual Autotrans. Havia na época da eleição quem sugeriu o nome de sua esposa Patrícia como uma continuidade mais palpável de seu governo, até que pudesse reassumir seus direitos políticos. Uma escolha com grande potencial de simpatia. Mas, sabe-se lá por quê, ele escolheu logo o irmão que, supostamente, detestava política. E deu no que estamos passando hoje, com Lavras à deriva. Até que possa voltar à política, Marcos Cherem verá o nome da família virar pó. Será que conseguirá reconstruí-lo?