Por ANDRÉ LUIS FONTES
A licitação do transporte público em Lavras, a despeito da enorme desvantagem para a cidade, já tem um vencedor conhecido. Varginha exigiu milhões pela outorga da concessão para a Viasul. Lavras, sempre boazinha, nada. No diário oficial do município, dezenas de nomeações. No RH da prefeitura, outras tantas contratações, principalmente de supostos indicados de vereadores da base do prefeito José Cherem. Isso apesar da oposição do ministério público de Lavras quanto ao grande número de cargos comissionados. E a prefeitura continua a alegar "crise" para não pagar sequer o retroativo de 2018 referente ao vergonhoso reajuste de apenas 1,87℅ (abaixo da inflação) dos servidores municipais. E já já outro retroativo a ser pago, visto que a data base do funcionalismo foi em janeiro. Apesar do caminhão de dinheiro que entrou até esta última sexta-feira, direto nos cofres municipais, proveniente do IPTU, pago em dia, com louvor, pelos lavrenses. Quanto ao rumoroso caso da posse, e posterior "licença", sem exigência de estágio probatório(exigido dos demais concursados), do prefeito em cargo de médico urologista na Universidade Federal de Lavras, tudo segue sem contestação do MPF, apesar de possível denúncia que teria sido feita por servidores da UFLA. E quem teria dado o suposto "parecer" que teria permitido essa "acomodação" futura de Cherem na UFLA, também segue sem ser importunado(a). Mesmo com a indignação da população sobre esses temas aqui descritos, aparentemente a Justiça local não estaria vendo nenhum tipo de irregularidade, daí o seu suposto "silêncio" sobre os atos administrativos e/ou profissionais do senhor prefeito. Ou não teria sido "provocada", até aqui, por alguma ação dos indignados. O fato é que se tem a sensação, apenas isso, de que o Chefe do Executivo lavrense seria um mandatário diferente dos demais, acima da lei. Enquanto isso, a cidade afunda. Segundo o Lavras Online, do jornalista Silva Júnior, mais duas empresas deixarão essas paragens: a Casa Lêdo e a Zap Store. Com mais 30 pessoas que se juntarão ao enorme número de desempregados de Lavras. E o prefeito, com seu salário de 20.000 reais, faz cara de paisagem. Parece não ter um plano de atração de empresas, não detetmina que sua obediente secretária de Indústria e Comércio, Cíntia Cristina Fernandes, aliás responsável pela licitação do ônibus, corra atrás de indústrias e investidores. E não se livra de alguns assessores incapazes, que só lhe dão tiros no pé. Assim fica difícil.